sexta-feira, 2 de abril de 2010

Terror do Nordeste: Santa Cruz avança na Copa do Brasil 2010

Santa Cruz elimina o Botafogo no Rio de Janeiro e mantém vivo o sonho de um feito inédito na história do clube. Delegação da equipe é saudada com uma empolgante festa de sua torcida no retorno à Recife.


Por Luciano Bonfoco Patussi
02 de Abril de 2010

Comandado pelo experiente Joel Santana, um dos treinadores mais vencedores da história do campeonato do Rio de Janeiro, o Botafogo vive uma fase de recuperação nesta primeira metade de 2010. No campeonato regional, o clube já garantiu sua vaga antecipadamente na decisão do certame. Entretanto, na Copa do Brasil, o “Fogão” foi eliminado em casa, de forma dramática. Se por um lado, um dos maiores clubes do Brasil viveu o drama de uma eliminação precoce, por outro, uma agremiação também gigante do nosso país tem a chance de aparecer no cenário nacional de forma positiva, assim como já aconteceu inúmeras vezes há anos. Estava procurando me interar sobre os fatos esportivos ocorridos na semana, lendo diversas publicações da imprensa de Porto Alegre. Foi então que, em uma das reportagens que li, deparei com uma foto do jogador botafoguense Fahel, deitado no gramado do Engenhão, parecendo não acreditar nos acontecimentos de minutos atrás. A manchete: “Tristeza não tem fim”. Realmente um drama para o Botafogo e, mais ainda, para sua apaixonada torcida. Por outro lado, a alegria volta a fazer os corações do Arruda baterem mais forte, com ares de “Querido do Povo” e “Terror do Nordeste”.

No Rio de Janeiro, o Santa Cruz, que vive o momento mais conturbado de sua história nos últimos anos, conseguiu uma grande façanha. Após perder em casa por 1x0, deu o troco no jogo de volta, vencendo o Botafogo por 3x2 nos minutos finais da partida, avançando para a fase de oitavas de final da Copa do Brasil de 2010. Um feito do tamanho da grandeza do Santa Cruz Futebol Clube. Agora, o time vai enfrentar o competente Atlético Goianiense, que eliminou outro gigante do Nordeste, o Bahia. Todos devem ter plena consciência que este fato ajuda muito no crescimento da auto-estima do torcedor “Coral”. Porém, muito ainda deve ser feito para ajudar o Santa Cruz, no longo prazo, a figurar em um lugar onde ocupou na maior parte de sua história: entre os gigantes do futebol brasileiro.

É cedo ainda para afirmar qual resultado o time pernambucano alcançará na Copa do Brasil deste ano. Os resultados, no futebol, dependem de muitos fatores, sendo que a margem de erro, diversas vezes, é alta. Dizer que a equipe será eliminada pelo Atlético Goianiense, da mesma forma que imaginar que fará história sendo o campeão nacional em uma final contra Grêmio ou Fluminense, é no momento pura especulação e deve ficar no imaginário do torcedor. O fato do momento é que o Santa Cruz está entre os dezesseis melhores times do torneio. Todos os participantes da competição sonham com oito jogos decisivos que levarão o vencedor ao título e a Copa Libertadores da América de 2011. É um grande momento do Santa Cruz, na sua luta particular para voltar a “estar gigante”. Coloco a expressão “estar gigante” porque, em minha visão, “ser” é diferente de “estar”. A grandeza de um clube, independentemente do momento vivido pelo seu time em campo, é medido pela força, pelo tamanho e pela paixão de seu torcedor. A massa torcedora é que faz um clube ter história ao longo do tempo e ser gigante. Neste quesito, o Santa Cruz, bem como seus maiores rivais de Recife, não perde para ninguém no futebol brasileiro.

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