quinta-feira, 23 de junho de 2011

Libertadores 2011: com técnica e disciplina, Santos tricampeão!


Na reedição da final da Copa Libertadores da América de 1962, o Santos derrotou o Peñarol. De novo! Em 2011, o time comandado por Muricy Ramalho na casamata e por Ganso, Elano, Neymar e Cia Ltda dentro do gramado, levou a melhor sobre a equipe uruguaia, foi superior a maior parte do tempo dos dois confrontos decisivos e, de quebra, conquistou seu terceiro título na competição, após 48 anos do bicampeonato de 1963.

Por Luciano Bonfoco Patussi
23 de junho de 2011

O sonho do tricampeonato da Libertadores virou realidade! Sob a bênção do Rei Pelé, o “Meninos da Vila Belmiro” fizeram do Pacaembu a sua casa, venceram o Peñarol por 2 a 1 e ergueram na direção do céu a Copa Libertadores da América de 2011. Na primeira etapa do confronto derradeiro, o Santos buscou o ataque de forma intensa, mas esbarrou, ora no bom sistema defensivo uruguaio, ora em equívocos no momento da conclusão das jogadas. O placar de 0 a 0, o mesmo da primeira partida, perdurou até o início da segunda etapa.

O segundo tempo mal teve início e a torcida do Santos delirou. O gol que abriu portas para o tri não poderia ter sido mais simbólico do que foi. Representou o que o Santos tem dado de melhor ao futebol brasileiro há pelo menos duas temporadas. Arouca, que é um ótimo volante, deu início a uma arrancada fulminante, que deixou marcadores desesperados para trás, largando a bola para Paulo Henrique. Ganso, que joga fácil e tecnicamente é muito diferenciado, deu apenas um toque na bola. Preciso e de calcanhar, deixou Arouca com o caminho a sua frente facilitado. Ele correu mais ainda, desvencilhou mais marcadores e levou a bola até os pés de Neymar. O jovem atacante da seleção brasileira, promissor e que já é uma peça rara no futebol atual, deu o tiro certeiro que fez explodir o Pacaembu. Santos 1 a 0.

Com o placar favorável, o Santos teve suas ações praticadas de forma mais natural. Com técnica e disciplina, tal qual descreve o seu belo hino desde 1957, o time da muralha Rafael e das dez camisas brancas perfiladas deu o golpe de misericórdia em bela jogada de Danilo, pela direita. O volante, que jogou improvisado na lateral, foi impecável na decisão da Libertadores. Com o placar de 1 a 0 a favor, Danilo se desprendeu. Foi para cima de seu marcador pela ponta direita. Arrastou junto milhões de apaixonados e sonhadores torcedores. Eles gritavam: “vai!” Apavorado, seu marcador dançou e caiu. Despencou. Danilo atendeu o pedido e foi. De perna esquerda, colocou a bola no canto inverso, no lado direito do goleiro Sosa. Danilo correu em direção ao torcedor. A torcida vibrou em lágrimas e emoção. O placar de 2 a 0 sacramentava a conquista que se aproximava.

Faltavam pouco mais de 10 minutos para o final da partida quando o Peñarol alcançou o seu gol. Mais na emoção do que na organização, o time uruguaio procurou fazer o máximo que podia e contou com uma infelicidade do zagueiro Durval para marcar o seu tento. O gol foi a pilha de dramaticidade que eletrificou as emoções de toda a torcida santista até o final do jogo. Foi a força que o Peñarol necessitava para ainda lutar pelo hexa. O Peñarol tentou de todas as formas, mas não conseguiu alcançar o empate. O Santos não deixou isso ocorrer.

A imensidão da noite fria no topo do Aconcágua colocava o preto da imensa escuridão contrastando com o gélido branco da neve que cobre a montanha. Nela, uma bandeira. Em seu mastro, uma história. Um passado e um presente só de glórias cobriam o continente de preto e branco mais uma vez.

O Peñarol foi vicecampeão atuando com:

Sosa; González (Albín), Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera. Técnico: Diego Aguirre.

O Santos venceu a Libertadores escalado com os seguintes atletas:

Rafael; Danilo, Edu Dracena (Capitão), Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo. Técnico: Muricy Ramalho.

Os atletas, a comissão técnica, os funcionários, os dirigentes e os torcedores do Santos Futebol Clube estão de parabéns! Santos, tricampeão da Copa Libertadores da América: 1962, 1963 e 2011!

domingo, 12 de junho de 2011

Agradecimento: Grêmio Esportivo Sapucaiense


Por Luciano Bonfoco Patussi
12 de junho de 2011

No período entre agosto de 2010 e maio de 2011, vivenciei uma importante e gratificante experiência dentro do futebol. Por intermédio e a convite do Dr. Pablo Camboim, advogado do Grêmio Esportivo Sapucaiense, fui um dos assessores de marketing do clube. Neste período, buscamos em conjunto detectar alguns pontos onde a entidade necessita evoluir, buscando maior integração com a comunidade local e maior competitividade dentro de campo.

Na prática, auxiliamos na obtenção de recursos financeiros para o time Sub-17 disputar o campeonato estadual da categoria juvenil, em 2010. Também no ano que passou, acompanhamos de perto a realização de uma grande campanha do time profissional na Copa RS, onde o Sapucaiense foi um dos semifinalistas. Em 2011, estivemos ao lado do time na disputa da “Segundona Gaúcha”, onde o Sapucaiense teve um belo início e, mesmo contando com uma folha salarial relativamente baixa, montou um elenco competitivo, fez uma campanha razoável e obteve o direito de seguir nesta competição no ano de 2012.

Entretanto, o ponto principal desta experiência ocorreu fora das quatro linhas. Foi dado o “pontapé inicial” na busca pela profissionalização, objetivo do clube no longo prazo: em conjunto, elaboramos o projeto de estruturação física e organizacional do Sapucaiense. Tenho convicção de que no dia a dia este projeto será aperfeiçoado e adaptado de acordo com as particularidades que surgirem, fazendo com que os objetivos da agremiação sejam alcançados dentro de alguns anos.

Particularmente, só tenho a agradecer ao Grêmio Esportivo Sapucaiense por estes dez meses de convivência. Deixo registrado meu agradecimento especial ao colega Pablo Camboim pela oportunidade, ao presidente Ibanor Catto por ouvir nossas ideias de forma aberta e por buscar melhorias dentro do clube, e a todos os demais integrantes da agremiação: a secretária Patrícia, os conselheiros e demais dirigentes, os parceiros, os atletas, a comissão técnica e, principalmente, o torcedor do clube, pois é muito gratificante ver famílias indo ao estádio, com chuva, sol ou nas tardes de meio de semana, pelo puro e simples prazer de acompanhar de perto o time da sua cidade.

Neste momento, necessitei dar seguimento aos meus objetivos e estou encarando um novo desafio profissional, este fora da área esportiva. Espero ter deixado as portas do clube abertas. Aprendi muito com esta experiência, muito mais tenho a aprender nesta área e, por isso, só tenho a agradecer. É muito gratificante e prazeroso trabalhar no meio esportivo e o Sapucaiense me proporcionou esta vivência. Muito obrigado pela oportunidade!