domingo, 22 de agosto de 2010

Copa Libertadores da América: Inter bicampeão


Já era madrugada do dia 19 de agosto quando um mar vermelho tomou conta das ruas do Rio Grande do Sul, do Brasil e da América. Após derrotar o Chivas Guadalajara por duas vezes nas partidas finais da Copa Libertadores da América, o Internacional venceu a competição pela segunda vez na sua história. Com a conquista, o "Colorado" entra em um seleto grupo de 12 clubes que possuem, em sua galeria, mais de uma conquista de Libertadores.

Por Luciano Bonfoco Patussi
23 de agosto de 2010

Na decisiva partida, disputada no Beira-Rio, o adversário colorado veio disposto a reverter a vantagem. No primeiro jogo da final, disputado em Guadalajara, o Internacional havia saído vitorioso, com o placar favorável de 2x1. Naquela partida, o time brasileiro teve, ainda, uma grande atuação coletiva. Este fato transbordou confiança no torcedor do Internacional. Por este vantagem obtida, um simples empate no Beira-Rio coroaria o título do time gaúcho.

O jogo derradeiro iniciou muito nervoso, um tanto truncado. O Inter buscava tomar a iniciativa, mas sem muito sucesso. Aos 42 minutos do primeiro tempo, Fabián colocou ponto final, parcialmente, na vantagem obtida pelo Inter na primeira partida. Em um golaço, o Chivas marcava 1x0 no placar. Festa mexicana no Beira-Rio.

O segundo tempo iniciou um tanto tenso e nervoso. Após algumas investidas ao ataque, o Internacional alcançou seu objetivo. Rafael Sobis, aos 16 minutos, marcou o gol de empate. O atacante colorado deu um toque na bola, na saída do goleiro, após cruzamento preciso de Kleber. Com o empate em 1x1, a torcida vibrou ainda mais nas arquibancadas. Mas nada, ainda, havia garantido o título. O jogo seguia.

Foi quando, aos 30 minutos, Leandro Damião marcou um bonito gol. O jovem atacante arrancou do meio campo, onde roubou a bola, e passou pela defesa adversária. Os colorados levantaram. Suplicaram o gol. Damião chutou. A bola quase foi defendida pelo goleiro mexicano. A rede balançou e os colorados tocaram, com a alma e o coração, o topo da América. Inter 2x1.

Faltava o gol do predestinado: Giuliano, após receber a bola de Wilson Mathias, passou com muita técnica pela defesa do time que detém a maior torcida do México. Na frente da meta, o jovem e promissor armador deu um leve toque, por baixo da bola, encobrindo o goleiro. Assim, aos 44 minutos do segundo tempo, Giuliano marcou o golaço que concretizou sua artilharia na competição. Lágrimas de alegria tomaram conta da torcida colorada. Teve ainda um gol, marcado por Araujo, descontando para o Chivas. Era tarde. O placar de 3x2 deu ao Internacional de Porto Alegre a sua segunda Copa Libertadores na história.

Com a conquista, o "Colorado" consolida ainda mais sua marca no cenário futebolístico mundial. O clube do Beira-Rio entra, ainda, no seleto grupo de, agora, 12 clubes que possuem mais de uma Libertadores da América no seu currículo. Os outros são: Independiente, Boca Juniors, Estudiantes e River Plate, da Argentina; Peñarol e Nacional, do Uruguai; Olímpia, do Paraguai; São Paulo, Cruzeiro, Santos e Grêmio, também do Brasil.

Na decisiva partida, o Club Deportivo Guadalajara, conhecido como Chivas, perdeu escalado com:

Michel; Magallón, De Luna, Reynoso e Ponce (depois Sólis); Araujo, Baéz (depois Vasquez), Fabián e Bautista; Arellano e Omar Bravo. Técnico: José Luiz Leal.

Já o Sport Club Internacional, por sua vez, coloriu a América de vermelho e branco mais uma vez, indo a campo com:

Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Tinga (depois Wilson Matias), D'Alessandro e Taison (depois Giuliano); Rafael Sobis (depois Leandro Damião). Técnico: Celso Roth.

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