terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Legados do campeonato sul-americano Sub-20


Há alguns dias, uma matéria do blog Futebol Arte & Garra destacou os resultados positivos obtidos pelo futebol equatoriano na última década, com todas as conquistas sendo resultantes de um grande trabalho de estruturação das categorias de base no país, com incentivo para os jovens praticarem o esporte. Passados alguns dias, a seleção equatoriana da categoria Sub-20 realizou uma campanha muito boa no campeonato sul-americano disputado no Peru, surpreendendo novamente o continente e se classificando na quarta posição do torneio, o que garantiu ao país uma vaga no mundial Sub-20, que será disputado na Colômbia. No mundial, também representarão o continente sul-americano: a Colômbia, como país sede; o Brasil, campeão sul-americano; a Argentina; e, por fim, o Uruguai, vice-campeão sul-americano, país que aos poucos vai resgatando sua tradição histórica de vitórias marcantes e boas campanhas no cenário futebolístico internacional.

Por Luciano Bonfoco Patussi
15 de fevereiro de 2011

O Equador, definitivamente, deixou de ser uma surpresa no futebol da região. Ano após ano, surgem novos talentos no país. Os bons jogadores nascidos em solo equatoriano facilitam, através do seu desempenho, a maximização da competitividade das seleções de base e profissional, bem como favorecem a realização de boas campanhas dos clubes do país. Isso fica evidenciado através de fatos, tais como: a participação da seleção equatoriana nas Copas do Mundo de 2002 e 2006; o título da seleção de jovens do país nos Jogos Pan-Americanos de 2007; a recente classificação do Equador para o mundial sub-20 em 2011; além dos títulos obtidos pela LDU de Quito nos últimos anos, com destaque especial para a Copa Libertadores da América de 2008.

O Uruguai, por sua vez, volta de forma gradativa a ser uma das forças do futebol sul-americano. As seleções e os principais clubes do país, que há décadas viviam apenas na sombra de uma tradição que ficou estagnada no tempo e na memória, voltaram a ter maior destaque nos últimos anos. O Nacional de Montevidéu, por exemplo, voltou a realizar uma boa campanha internacional em 2009, quando alcançou a fase semifinal da Copa Libertadores da América. Isso ainda é pouco para um clube historicamente tricampeão do continente, mas já é uma grande evolução, se compararmos com os resultados obtidos nas últimas duas décadas. O Peñarol, clube que venceu a Copa Libertadores em cinco oportunidades, voltou a ser campeão uruguaio em 2010, fato que não ocorria desde 2003.

Em se falando de seleções, o Uruguai, bicampeão da Copa do Mundo em 1930 e em 1950, voltou a realizar uma campanha de destaque em nível mundial. Em 2010, obteve a quarta colocação na Copa do Mundo disputada na África do Sul, posição que a equipe havia alcançado pela última vez em 1970. Mais recentemente, a seleção Sub-20 da “Celeste Olímpica” , como a seleção uruguaia de futebol é chamada, obteve o segundo lugar no campeonato sul-americano da categoria, sendo que esta campanha abriu portas para o Uruguai disputar mais duas competições: o campeonato mundial Sub-20, na Colômbia, em 2011; e os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Após 84 anos de ausência do torneio de futebol das olimpíadas, o Uruguai voltará a disputar esta competição, da qual foi bicampeão nos anos de 1924 e 1928.

É válido destacar, ainda, a situação inusitada vivida pela seleção da Argentina. Atual bicampeã olímpica, a equipe ficou apenas na terceira colocação do campeonato sul-americano Sub-20, posição que foi insuficiente para o time obter seu passaporte para Londres. Assim sendo, a Argentina não disputará o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 2012, perdendo a oportunidade de ser tricampeã de forma consecutiva, já que o time obteve a medalha de ouro em 2004 e 2008. Para as seleções que buscarão conquistar o ouro olímpico, a ausência da Argentina poderá ser um tranquilizador, o que não significaria imaginar que obter a vitória nas olimpíadas será uma tarefa fácil.

Não poderíamos deixar de mencionar o vencedor. O Brasil foi campeão após aplicar sonora goleada de 6 a 0 sobre o Uruguai. Mais do que a taça, a seleção comandada por Ney Franco deixou alguns legados para o futebol. Dos bons jogadores que fizeram parte do elenco campeão – Fernando, Oscar, Henrique, entre outros – destacaria três atletas que tiveram atuação primorosa: Casemiro, volante do São Paulo, jogador eficiente na marcação e no desarme, que atua de cabeça erguida distribuindo passes com qualidade e que, quando possível, aparece no ataque; Lucas, do São Paulo, é um meio campista de ligação que atua na armação de jogadas, imprimindo velocidade, habilidade e criatividade ao jogo, além de ser incisivo ofensivamente; e, por último, Neymar, artilheiro do Santos e da seleção Sub-20, que é um jogador que possui muito potencial a ser desenvolvido, mas que mesmo assim já é um atleta tecnicamente diferenciado no cenário do futebol profissional da América.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não pode a seleção ficar focada apenas nos "meninos notáveis",é necessário garimpar novos talentos testar alguns já atuaram de forma marcante nos seu time de origem

Anônimo disse...

então...xaropeou!