Por Luciano Bonfoco Patussi
28 de abril de 2013
Não tenho dúvidas de que a
seleção brasileira está nas mãos do comandante técnico mais indicado para o
momento que vive o nosso futebol. “Fatos e conclusões: o rumo do Brasil até
2014”, matéria publicada em 20 de setembro de 2012, demonstra as
variáveis nas quais me baseei para listar Luiz
Felipe Scolari como o profissional mais qualificado para comandar o time
brasileiro atualmente. Você pode acompanhar a matéria publicada na referida
data, na íntegra, acessando o link abaixo:
O deficitário planejamento
de longo prazo, que impera no futebol nacional como um todo, “joga nas costas”
dos treinadores das equipes a responsabilidade por resultados imediatos. É como
que se bastasse um passe de mágica
para a bola ser empurrada para as redes, fazendo a alegria da nação! Se a “varinha
de condão” não fizer efeito imediato, os treinadores são demitidos e, muitas
vezes, execrados injustamente por boa parcela da mídia esportiva nacional.
De maneira que as coisas não acontecem como magia, da noite para o dia, tenho ciência
de que a Copa das Confederações de 2013 servirá como “laboratório”. É óbvio que
o Brasil entrará na competição com a responsabilidade de tentar o título, tanto
por sua tradição, quanto pelo fato de o time jogar diante de sua torcida.
Entretanto, considerando que estamos há menos de dois meses do início da
disputa, e o Brasil sequer tem um time formado, o mais importante de tudo será a
possibilidade de a equipe jogar em alto ritmo de competição.
Esta disputa fará com que
o comando técnico brasileiro possa formatar um time de futebol. Será possível
ver “quem é quem”, verificando se os nomes escolhidos estarão dispostos a fazer parte de um time, sem estrelismo. Será neste momento que serão separados os representantes da nação rumo ao mundial de 2014, daqueles que não desejarem trabalhar em conjunto e de maneira respeitosa com os demais atletas brasileiros.
O caminho do Brasil, visando
a conquista da Copa do Mundo, será muito difícil. Atualmente, creio que existam,
no mínimo, cerca de oito ou nove seleções melhor formatadas do que a brasileira.
O trabalho será árduo. Nada muito diferente do que Luiz Felipe Scolari já
realizou, de maneira competente, em todos os serviços técnicos prestados aos
clubes e seleções que serviu profissionalmente, no decorrer de sua carreira.
Sendo o Brasil um país onde
há “milhões de teóricos treinadores apaixonados por futebol”, eu não poderia
deixar de, respeitosamente, me enquadrar nesta lista e expor minha idéia de elenco.
Observando o trabalho “de fora”, sem ter o devido conhecimento da real vivência do dia a
dia da seleção, o que limita minha opinião, elenco 23 atletas que “eu convocaria”,
neste momento, para a Copa das Confederações, já pensando na possibilidade de
aproveitamento de pelo menos 70% deste grupo na Copa do Mundo de 2014.
Gostaria de acrescentar seis pontos, que servem como base para a listagem que elaborei:
1) Para posições definitivas e
pontuais – goleiro e centroavante – elenquei três opções, para precaver a
equipe em caso de suspensões ou lesões, evitando que o time fique sem goleiro,
e também sem um atacante de referência na área;
2) Do meio de campo para a frente, os atletas de minha lista são relativamente jovens. Diante disso, achei imprescindível a presença, nesta lista,
de Ronaldinho Gaúcho e Kaká. São atletas experientes, tecnicamente
diferenciados e, se bem preparados, poderão render o máximo, sendo fundamentais no
elenco, independentemente da titularidade ou da suplência;
3) Procurei elencar jogadores jovens e talentosos, com tendência a crescer
tecnicamente nos próximos anos, mesclados com jogadores experientes e que
poderão compor o elenco em diversas posições e situações, se for necessário. Casos,
por exemplo, de Daniel Alves e Zé Roberto. Seria o momento de Daniel Alves provar
que pode compor esta lista, independentemente da titularidade – ou da reserva.
Já Zé Roberto, em minha idéia, seria o “coringa”
do elenco, devido ao seu exemplo, seu preparo e sua qualidade técnica no auge
dos quase 40 anos de idade. Pode atuar como lateral, volante ou meia armador,
com extrema qualificação e dedicação;
4) O lateral direito Maicon, que não vem tendo oportunidades no Manchester
City, em minha convicção é um jogador que pode ser muito importante e
até mesmo titular da seleção, em virtude de a posição em questão ter falta de jogadores
afirmados com a mesma qualificação. Maicon, bem treinado pela comissão técnica
e de preparação física do Brasil, seria importantíssimo na seleção, em minha
visão;
5) Atletas como Jefferson (Botafogo), Marcos Rocha (Atlético Mineiro), Réver
(Atlético Mineiro), Dedé (Cruzeiro), Filipe Luís (Atlético de Madrid), Sandro
(Tottenham), Arouca (Santos), Luiz Gustavo (Bayern de Munique), Jean
(Fluminense), Lucas (Liverpool), Giuliano (Dnipro-UCR), Anderson (Manchester
United), Hernanes (Lazio), Casemiro (Real Madrid), Carlos Eduardo
(Flamengo), Ganso e Jadson (São Paulo), Thiago Neves e Wellington Nem (Fluminense), Diego
Tardelli (Atlético Mineiro), Taison (Metalist-UCR), Hulk (Zenit-RÚS), entre
alguns poucos mais, seguiriam sendo observados por mim e a lista final
de atletas convocados para a Copa do Mundo não fugiria destes nomes, salvo
alguma rara exceção.
6) Minha formação titular, que seria inicialmente observada após o condicionamento atlético de todos - principalmente de Maicon, ficaria da seguinte maneira (podendo ser alterada de acordo com o momento técnico, físico e tático de cada componente do elenco):
01 - Cássio
02 - Maicon
03 - Thiago Silva
04 - David Luiz
06 - Marcelo
05 - Fernando
08 - Ramires
07 - Ronaldinho Gaúcho
10 - Oscar
11 - Neymar
09 - Leandro Damião
Esta formação atuaria em um 4-5-1 ofensivo, de acordo com as características principais dos escolhidos.
Os laterais são muito bons na marcação, sendo velozes e incisivos no apoio ao ataque. Contariam com a proteção e cobertura dos jogadores Fernando e Ramires, no ato de suas investidas ofensivas. Ramires e Fernando poderiam se desprender ao ataque, com a manutenção sistêmica dos laterais no campo defensivo.
Em uma linha com três jogadores no meio de campo ofensivo, Oscar atuaria centralizado, sendo o armador de jogadas e também auxiliando a marcação. Ronaldinho Gaúcho e Neymar atuariam abertos, nas laterais do campo, compondo defensivamente o quinteto central, acompanhando e fechando o espaço dos laterais, mas tendo total liberdade para atacar pelos lados, fazendo infiltrações, criando jogadas, tabelando e concluindo para o gol. Driblando também, objetivamente e quando necessário!
Leandro Damião seria o centroavante. Preocuparia de um até dois defensores adversários ao estar dentro da área. Faria tabelamentos e movimentações, servindo de pivô para jogadores como Ronaldinho, Neymar, Fernando, Ramires e Oscar. Sairia da área, deslocando os defensores, abrindo espaços para a infiltração de Ronaldinho, Neymar e Oscar visando a conclusão. E, logicamente, concluiria as jogadas de gol criadas pelos demais companheiros, visando a sua finalização!
Observando esses pontos, é possível identificar a importância de cada jogador na lista acima elaborada.
Você, leitor: concorda? Discorda? Participe. Deixe sua opinião!
Uma cordial saudação esportiva à todos!
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