Por Luciano Bonfoco Patussi
08 de junho de 2012
Hoje inicia a Eurocopa 2012. Para muitos analistas, este
torneio equivale a uma verdadeira Copa do Mundo, apenas com a ausência de
Brasil e Argentina. Para tantos outros, dizer isso é um exagero e até mesmo pode
ser considerado um grande desrespeito com outras seleções do planeta. De fato
mesmo, vale citar que a Euro é um torneio charmoso, tradicional e, até mesmo pelo
fato de contar com uma eliminatória, chegam até a fase decisiva apenas
dezesseis seleções do continente, o que torna o campeonato extremamente
competitivo e equilibrado. Com sede conjunta na Polônia e na Ucrânia, a Euro
2012 tem as suas chaves subdivididas da seguinte maneira:
GRUPO A
Polônia
Rússia (campeã em 1960 – antiga União Soviética)
República Tcheca (campeã em 1976 – antiga Tchecoslováquia)
Grécia (campeã em 2004)
GRUPO B
Alemanha (campeã em 1972 e 1980 – antiga Alemanha Ocidental –
e em 1996)
Holanda (campeã em 1988)
Portugal
Dinamarca (campeã em 1992)
GRUPO C
Itália (campeã em 1968)
Espanha (campeã em 1964 e 2008)
Croácia
Irlanda
GRUPO D
Ucrânia
Inglaterra
França (campeã em 1984 e 2000)
Suécia
Analisando os agrupamentos acima demonstrados, fica notável
o equilíbrio da competição deste ano, tendo principalmente na chave B o chamado
“grupo da morte”, que conta com as fortíssimas Alemanha e Holanda, ao lado das
boas equipes de Portugal e da Dinamarca. Além dele, não pode se considerar fácil
um grupo onde estão lado a lado a Espanha e a Itália, disputando duas vagas
contra a Croácia e a Irlanda.
Além destes, também é muito equilibrado o chaveamento onde
se encontram a tradicional Inglaterra, ao lado da renovada França, dos donos da
casa Ucrânia e também da respeitável Suécia. Na chave A, também não haverá
facilidades. Aliado a isso, vale lembrar que todas as campeãs das 13 edições
anteriores estarão presentes no torneio, fato que empresta um charme todo
especial à edição de 2012 da Eurocopa.
Favoritos: em minha modesta opinião, chegam favoritas ao título
da Eurocopa a Espanha, atual campeã da Euro e também da Copa do Mundo; a Alemanha,
que busca o tetracampeonato, contando com uma geração de talentosos jogadores
sedentos por um grande título; e a Holanda, que mantém basicamente a equipe da última
Copa do Mundo, onde foi vice campeã.
Além destas três ótimas seleções, nunca podemos deixar de
citar equipes como, por exemplo: a tradicionalíssima Itália, com time parcialmente renovado,
em busca de um título que lhe foge desde 1968; a França, com plantel mais
renovado ainda, buscando o tricampeonato; e Portugal, que está em uma chave
muito difícil, onde se obtiver a classificação, poderá embalar e incomodar os
principais favoritos, buscando a cobiçada taça.
Ainda em se falando de chances de título, em minha pessoal
opinião, há neste ano três equipes que, se passarem da primeira fase, terão
potencial para buscar crescimento tático, físico e técnico durante a competição:
a Inglaterra, seleção com alguns bons jogadores, mas que nunca venceu uma edição
sequer da Eurocopa, tendo ainda o agravante de recentemente ter trocado o
comando técnico da equipe; junto a ela, em situação parecida, posicionaria também
as seleções da Rússia e da República Tcheca. Em um torneio de “tiro curto”,
disputado em poucas e decisivas partidas, tudo pode acontecer.
Neste ano, um título da Polônia, Grécia, Dinamarca, Croácia,
Irlanda, Ucrânia ou Suécia seria muito pouco provável, uma surpresa tão grande quanto os títulos
obtidos pela Dinamarca em 1992 e pela Grécia em 2004. Mas, em um campeonato tão
equilibrado como a Eurocopa, e que já apresentou algumas gratas surpresas durante toda a sua história, quem ousaria duvidar?
Será uma bela competição. Formações e tendências táticas,
potencial físico, novos e antigos craques em campo, tudo isso dará grande emoção
ao torneio. Os apaixonados por futebol não perdem por esperar.
A bola vai rolar! Uma grande saudação esportiva para todos
os leitores!
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